Igualdade
BRASIL
No Brasil, as mulheres já estudam mais que os homens, mas ainda têm menos chances de emprego, recebem menos do que homens trabalhando nas mesmas funções e ocupam os piores postos. Em 1998, 52,8% das brasileiras eram consideradas economicamente ativas, comparadas a 82% dos homens. Em 2008, essas proporções eram de 57,6% e 80,5%. Em 2005, a proporção de homens trabalhando com carteira assinada eram de 35%, contra 26,7% das mulheres. Em 2008, os homens com carteira assinada representavam 39,1% enquanto as mulheres, 29,5%. A participação nas esferas de decisão ainda é pequena. Em 2006, nas eleições gerais anteriores, as mulheres ficaram com 11,6% das cadeiras nas Assembleias Legislativas, 8,7% das vagas na Câmara dos Deputados e 12,3% no Senado. Em 2010, elas ficaram com 13,6% dos assentos no Senado, 8,7% na Câmara dos Deputados e 11,6% no total das Assembleias Legislativas. Três estados eram governados por mulheres nas eleições anteriores (Rio Grande do Sul, Maranhão e Pará); a partir de 2011, o número caiu para dois: Maranhão e Rio Grande do Norte. A meta estabelecida pelas Nações Unidas, de eliminar as disparidades entre os sexos na educação, não se confi gura, na realidade brasileira, como aspecto central para o alcance do objetivo de promoção da autonomia das mulheres, uma vez que as meninas apresentam, em geral, indicadores mais positivos do que os meninos no campo educacional. Apesar disso, o objetivo de promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres está longe de ser uma realidade.
As negras frequentam menos as escolas, apresentam menores médias de anos de estudo e maior defasagem escolar. As mulheres com 60 anos ou mais de idade ainda apresentam altas taxas de analfabetismo, assim como as residentes nas áreas rurais. Com isso, é possível perceber que ainda há em nossa sociedade muitos espaços a serem alcançados em defi nitivo pelas mulheres. Em geral, são espaços de