Ideologias do sec XIX
As ideologias do século XIX estão ligadas às transformações sociais e econômicas ocorridas na Europa e também ao surgimento da classe operária adversária à burguesia. Numa luta de classes marcada por greves, reformas e revoluções, as doutrinas socialistas, contrárias ao liberalismo e ao capitalismo e pregavam o restabelecimento da soberania do trabalho sobre o capital.
II REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Liberalismo
A partir da Revolução Industrial, a Europa se caracterizou pelas novas concepções de riqueza e trabalho contidas no capitalismo, teorizado pelos economistas liberais clássicos Adam Smith e David Ricardo.
A descoberta de novas técnicas permitiu a mecanização da produção, consolidando o sistema fabril com a aplicação dos capitais em máquinas e matérias-primas. Porém, o alto custo das máquinas e ferramentas industriais levava os empresários a utilizá-las intensivamente, a fim de recuperar os investimentos iniciais e obter lucros. Isso era feito mediante o emprego de uma mão-de-obra barata e numerosa, submetida a jornadas médias de trabalho de dezesseis horas por dia. Mulheres e crianças eram largamente empregadas, uma vez que sua remuneração era inferior à da mão-de-obra masculina. Portanto, os objetivos dessa ideologia era manter a inviolabilidade da propriedade privada, buscar cada vez mais, lucros desonrosos e tudo isso, é claro, à custa do trabalho humano.
2.2 Socialismo Utópico
Também chamado de “socialismo romântico”, surge no início do século XIX e é a organização de uma sociedade ideal sem conflitos ou desigualdades. Os pensadores buscam no Iluminismo e nos ideais da Revolução Francesa os fundamentos de sua crítica à sociedade capitalista. O inglês Thomas Morus é o precursor, com o livro Utopia (1516), no qual afirma que a propriedade particular é a fonte de toda injustiça social. Os principais representantes são o inglês Robert Owen, que defende a sociedade autogerida, e os franceses Charles Fourrier, que pretende uma