ideologias
O Liberalismo
É comum confundirmos, simplesmente, “Liberalismo” à palavra “Liberdade”; contudo, a despeito da pertinência da óbvia relação entre estes dois termos, não é tão simples assim. Enquanto vocábulo, meramente, “Liberalismo” deriva de “Liberdade”; porém, enquanto conteúdo semântico, provém de certo tipo de liberdade.
Nas principais potências da Europa Ocidental do séc. XVIII, último século da Época Moderna (a época era “Moderna”, mas a sociedade era “Antiga” – ver o que foi “A Sociedade do Antigo Regime” na Europa Ocidental durante a Época Moderna; suas principais características, dentre outras coisas, o Absolutismo, o Mercantilismo e o Colonialismo), forças sociais levantam-se politicamente contra a cultura e a tradição do período de não se ter “liberdades” de um modo geral. O sistema político e econômico estava nas mãos da nobreza, a classe aristocrática, e seu representante, em cada país, era a monarquia absolutista; isto é, um rei com poderes absolutos (não existia democracia etc.) garantia os privilégios de sua classe social, exatamente a nobreza.
Na primeira metade do séc. XVIII, notadamente em França e Inglaterra, surgem novos pensadores que propõem uma filosofia revolucionária para o período: O Iluminismo. Baseado, em síntese, em valores como Razão e Liberdade, procurava-se denunciar os entraves que impediam de fato que o período fosse “moderno”, mantendo-o preso a valores “antigos” (muitos, inclusive, resíduos medievais).
Resultado também do desenvolvimento das forças econômicas da Europa daquele contexto, podemos dizer que a filosofia iluminista, como origem, relacionava-se intimamente à classe burguesa, ascendente econômica e socialmente falando; porém, sem traduzir esta ascendência em poder político. Em resumo, procurando alcançar o poder político, como forma, até