Identificação social
HISTÓRIA E IDENTIFICAÇÃO SOCIAL
Taise F.C. Nishikawa
Petrópolis / RJ
RESUMO
• Esta pesquisa teve como finalidade buscar saber se a disciplina de História que está sendo
ministrada aos jovens de nono ano do Ensino Fundamental, numa instituição de ensino da rede pública do município de Petrópolis-RJ, permite-lhes conhecer o processo de transformação do mundo e dele mesmo para, então, obter sua identificação social. Esse posicionamento é importante porque uma sociedade que não tem autonomia moral e econômica, não produz História, mas sim consome História produzida pelos outros.
• Após a aplicação de um questionário através do qual os alunos responderam o que é
História, para que ela serve e qual a utilidade dela em suas vidas, e de uma entrevista com a professora de História das seis turmas participantes, concluímos que a História que está sendo ministrada a esses alunos não sugere, não os motiva a participar e não lhes permite construir e/ou reconstruir seu próprio conhecimento e, por consequência, não lhes confere autonomia de sujeito histórico, uma vez que crianças e jovens devem ser participantes ativos em sua sociedade, gerando a transformação social e política da mesma, investigando e explorando o seu meio, e não sendo meros consumidores. Infelizmente, a História a eles ministrada não lhes confere a Identificação Social.
• Observamos que uma das causas possíveis para que esses alunos não tenham conseguido sua identificação enquanto sujeito histórico é o fato da formação deficitária do professor, especialmente (como é o caso desta pesquisa) daquele formado lá pelos idos de 1980, quando a política vigente desqualificava para desvalorizar o ensino no Brasil. Mas hoje, o professor não é mais um simples transmissor de conteúdo para alunos passivos que, por sua vez, decoram o conteúdo. O professor deve mediar as relações entre o aluno e as diferentes linguagens.
• Professores precisam ter em