Identificação das fases do processo de morrer pelos profissionais de enfermagem
Tatiana Thaller SusakiI; Maria Júlia Paes da SilvaII; João Francisco PossariIII
IEnfermeira graduada pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP), Brasil
IIProfessora Titular do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP), Brasil
IIIEnfermeiro e Diretor Técnico de Serviço do Hospital das Clínicas de São Paulo - HC - São Paulo (SP), Brasil
Autor Correspondente
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RESUMO
OBJETIVO: verificar se o enfermeiro consegue identificar as cinco fases do processo de morrer, descritas por Elizabeth Kübler-Ross, nos pacientes sob seus cuidados e que se encontram fora de possibilidades terapêuticas.
MÉTODOS: foi questionado se percebem os sinais da comunicação não-verbal para prestar esse atendimento e fazer essa identificação. Os dados foram coletados em janeiro de 2004 por meio de entrevista individual, pré-agendada, com enfermeiros, em hospital público vinculado ao ensino na cidade de São Paulo.
RESULTADOS: constatamos que 92% dos enfermeiros conseguiram identificar pelo menos uma das fases do processo de morrer na vivência com pacientes terminais, sendo citadas, em média, três. A aceitação (85%), a negação (69%) e a depressão (61%) são as mais freqüentemente percebidas. Verificamos o uso e entendimento da comunicação não-verbal na identificação das fases nas falas de 54% dos enfermeiros.
CONCLUSÃO: os resultados também evidenciaram as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro quanto essa temática e, percebe-se que existe uma lacuna evidente entre a formação do profissional e a manutenção do seu treinamento e suporte na instituição de saúde.
Descritores: Morte;