Identidade
1 INTRODUÇÃO
Se lhe pedirem para definir a sua identidade, provavelmente vai enunciar algumas características pessoais (sou tímido, inteligente, gosto de ajudar aos outros, etc.), mas também é natural que se auto descreva em termos que pertença a certas categorias sociais ( a raça, a classe social, a nacionalidade ou o sexo) e em função dos papéis sociais que desempenha (jogador de futebol, aluno de uma escola, irmão mais velho...). Desta forma o autoconceito de cada um implica dois subsistemas importantes: a identidade pessoal e a identidade social, o eu e o nós.
Quem sou eu?
Esta é uma pergunta que nos acompanha por toda a vida e quando não temos a clareza, de quem somos e o que representamos, ficamos em conflito com nós mesmos. Saber a nossa identidade é essencial, pois a partir dela representamos, assumimos papéis, elevamos nossa auto-estima tendo êxito na vida pessoal e profissional.
2 A NATUREZA E A GÊNESE DO EU
Cada pessoa tem a sua própria identidade, que a difere de todos os outros seres humanos, os tornando único. A identidade é o conjunto das percepções, sentimentos e representações que uma pessoa tem de si própria, que permite reconhecer e ser reconhecido socialmente.
“Possuir um eu, significa ser dotado da capacidade de executar ações reflexivas-planejar, observar, guiar o próprio comportamento e a ele reagir” (Bandura, 1982; Mead, 1934).
2.1 Autodiferenciação Para nos tornarmos o “eu” devemos ser capazes de nos reconhecermos, de distinguir nossos próprios rostos, e corpos alheios. Os bebes não nascem com essa capacidade, no início de suas vidas eles nem sequer conseguem distinguir entre seu próprio corpo e ambiente. Somente com 18 meses é que a criança começa a distinguir a sua imagem no espelho. A percepção madura do eu envolve o reconhecimento de que nossos