Identidade cultural
Stnart Hall – 11ª edição
Ao final do século XX, um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas, consequentemente fragmentando as paisagens culturais de sexualidade, etnia, classe, gênero, raça e nacionalidade. Essa intensa transformação afeta nossas identidades pessoais, pois a mesma só se torna uma questão quando esta em crise, onde algo coerente é afetado por dúvidas e incertezas. As concepções de identidade se diferem entre o SUJEITO DO ILUMINISMO, que apresenta características individualistas, de um ser centrado racional e continuo. O SUJEITO SOCIOLOGICO, que possui a plena consciência de não ser autônomo e nem autossuficiente, crendo que a identidade se forma a partir da integração, entre o eu e a sociedade (interior e exterior) e o SUJEITO PÓS-MODERNO, sem identidade fixa, a qual se define historicamente e não biologicamente, transformando suas necessidades de acordo com os sistemas culturais que nos rodeiam. As sociedades modernas sofrem mudanças constantes, ao contrario das sociedades tradicionais, onde o passado é venerado e os símbolos valorizados (tradição). Destacam-se as transformações de tempo e espaço (desalojamento do sistema social), sem nenhum principio articulador e organizador único, estando constantemente “descentrada”. As sociedades da modernidade tardia, em particular ao processo de “globalização”, se caracterizam por possuir uma variedade de “posições de sujeito”, as quais se desarticulam das identidades estáveis do passado abrindo-se a novas articulações rápidas e constantes. A identidade se metamorfoseia de acordo com a interpretação realizada do sujeito, a mesma não é automática. Ela torna-se politizada, podendo haver desvio de interpretações em relação à politica de identidade (classes) para uma política de diferença (cor da pele).
• Crise de identidade: Resulta da descentralização dos indivíduos, tanto de seu lugar no mundo social e