Idealismo
Tendo suas origens a partir da revolução filosófica iniciada por Descartes e o seu cogito, é nos pensadores alemães que o Idealismo 1 está em geral associado, desde Kant até Hegel, que seria talvez o último grande idealista da modernidade. Muitos, ainda, acreditam que a teoria das ideias de Platão é historicamente o primeiro dos idealismos, em que a verdadeira realidade está no mundo das ideias, das formas inteligíveis, acessíveis apenas à razão.
É muito difícil resumir o pensamento idealista, uma vez que há divergências de perspectivas teóricas entre os filósofos idealistas. De todo modo, podemos considerar primado do Eu subjetivo como central em todo idealismo, o que não significa necessariamente reduzir a realidade ao pensamento. Assim, na filosofia idealista, o postulado básico é que Eu sou Eu, no sentido de que o Eu é objecto para mim (Eu). Ou seja, a velha oposição entre sujeito e objecto 2 se revela no idealismo como incidente no interior do próprio eu, uma vez que o próprio Eu é o objecto para o sujeito (Eu).
"O idealismo tem elementos em comum com o preconceito, ou seja, sempre pensar no ideal. Mas na sociedade humana não deveria existir 'o ideal', pois todos nós somos diferentes e isso faz a evolução da sociedade ser maior. O ideal, então, é a mistura das diferenças", segundo Rodrigo Silva Ferreira. s.m. (1833 RevPhil 62)
Idealismo absoluto: Doutrina idealista inerente ao hegelianismo, caracterizada pela suposição de que a única realidade plena e concreta é de natureza espiritual, sendo a compreensão materialística ou sensível dos objectos um estágio pouco evoluído e superável no paulatino desenvolvimento cognitivo da subjectividade humana.
Idealismo dogmático: Idealismo, especialmente o berkelianismo, que se caracteriza por negar a existência dos objetos exteriores