Idades da vida
Na Idade Média, o primeiro nome já fora considerado uma designação muito imprecisa, sendo necessário completá-lo por um sobrenome de família, muitas vezes um nome de lugar. O nome pertence ao mundo da fantasia, enquanto o sobrenome, ao mundo da tradição. Na modernidade, acresce-se o mundo da exatidão.
No século XVI, com Francisco I, da França, as inscrições de nascimento são postas nos registros paroquiais. Mas, somente no século XVIII, essa indicação é feita com maior consciência e exatidão.
A idade do homem era uma categoria científica da mesma ordem que o peso ou a velocidade são para nossos contemporâneos. Pertencia a um sistema de descrição e explicação que remontava aos filósofos jônicos do sec. VI a.C., revividos no Império Bizantino e que inspirava os livros de vulgarização cientifica no sec. XVI (enciclopédia Le Grand Propriétaire de toutes chose). Importa-nos apenas perceber em que medida essa ciência tornou-se familiar. A ideia de que não havia oposição entre o natural e o sobrenatural pertencia ao mesmo tempo às crenças populares herdadas do paganismo, e a uma ciência tanto física quanto teológica.
O simbolismo dos números era familiar, encontra-se ao mesmo tempo nas especulações religiosas, nas descrições de físico, de hitória natural e nas práticas mágicas. As categorias de ciência Antiga-Medieval haviam se tornado familiares. Le Grand Propriétaire de toutes chose trata da idade em seu livro VI. As idades correspondem as planetas, em número 7.
-Infância: do nascimento até os 7 anos
-Pueritia “A menina do olho”, dura até os 14 anos;
-Adolescência: dura até os 28 ou pode se estender até os 33 anos;
- Juventude: que dura até os 45 ou até 50 anos;
- Senectude: meio caminho entre a juventude e a velhice; a pessoa é grave nos costumes e nas maneiras (não é velha, mas passou da juventude);
- Velhice: dura até os 70 anos (alguns dizem que vai até a morte);
- Senies (ou vieillesse, em francês):