Idade de Ouro
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA HISTÓRIA
PROFESSOR: ADHEMAR LOURENÇO
ALUNO: FAYNYSTTON CRYSTHAN FARIAS MISSIO
As Idades Míticas nas zonas culturais extra-européias
A tribo Aranda (da Austrália Central)
Para o povo desta tribo, a chamada “Idade do Ouro” aconteceu em dois níveis: no Céu e na Terra.
No Céu, um Ser Supremo – que não criou nem intervém na Terra – se retirou, juntamente com sua família. Lá existem vastos campos verdes, floridos e cheios de frutos; e não há morte – motivo pelo qual os humanos o almejam. Porém, em algum tempo, a relação entre o Céu e a Terra foi cortada, e a escada que ligava os dois foi interdita aos seres humanos. Com isso, apenas alguns heróis, feiticeiros e “chamans” poderiam chegar lá.
Na Terra, recém-formada pelos antepassados totêmicos, havia água e frutos em abundância, além de ser bem mais fácil caçar. Era como um paraíso realmente. Mas, aqui, essa Idade do Ouro parece nunca mais voltar.
Os índios Guarani (da América do Sul)
Para os Guarani, essa “Idade do Ouro” ainda está por vir. Nela, eles viverão numa “Terra sem mal” – localizada “no outro lado do Oceano ou no centro da Terra” –, serão imortais e poderão repousar eternamente. O mito original diz que o atual mundo decadente e impuro vai sucumbir a uma catástrofe, mas a “Terra sem mal” será poupada; e por isso os seres humanos devem tentar encontra-la antes da tragédia.
Alguns povos africanos
Segundo o antropólogo social alemão Hermann Baumann, vários povos africanos definiam a “Idade do Ouro” como um período no qual os homens eram felizes, imortais e viviam com os deuses. Para os Ashanti, no momento em que os sexos começaram a se relacionar – coisa que era proibida pelo Deus Criador –, os homens foram castigados com o dote e o trabalho e as mulheres com a dor do parto. Para os Luba, ao comer as bananas proibidas, os seres humanos foram condenados por Deus ao trabalho e a serem mortais. Nos dois casos, é possível notar uma semelhança