idade de ouro
(páginas 83 – 102: A liberdade: os motores de um triunfo; A expansão das agências; Ao encontro do grande público; O caso Tropmann; O leque completo; Alemães e anglo-saxões; Em França: a lei de 29 de julho de 1881; Os danos provocados pela corrupção; Os perigos da difamação)
Eis a idade de ouro da imprensa escrita no mundo ocidental: um período que vai do início dos anos 1870 até à Primeira Guerra Mundial, durante a qual os jornais alargam poderosamente as suas bases, sem sofrerem ainda a concorrência dos outros meios de comunicação social que depois surgirão. A extensão da sua audiência e da sua influência vem então adudizar dois problemas nascidos do triunfo da liberdade de imprensa; por um lado, a venalidade, através da qual influências ocultas ameaçam a verdade; e, por outro lado, a difamação, a reputação dos cidadãos que pode ser injustamente humilhada por uma imprensa que escapa frequentemente a qualquer sanção. Este período define-se por traços comuns a todos os países do Ocidente. Primeiro, dados jurídicos: a liberdade de imprensa está doravante conquistada um pouco por todo o mundo ocidental e apenas voltará a ser posta em causa nos anos 1920 e 1930 pelas ditaduras alemã, italiana e bolchevique. Em todo o lado as melhorias técnicas pesam no mesmo sentido: trata-se menos de mudanças que da acentuação das evoluções anteriores. Na parte da fabricação aparecem os prelos mecânicos, particularmente os linótipos, que permitem «fixar» os textos num teclado que, embora mais complexo, pode ser comparado ao de uma máquina de escrever. Um outro progresso é a transmissão das chapas através do fio telegráfico. Édouard Belin inventa o belinógrafo (máquina de fototelegrafia), graças ao qual a imprensa quotidiana pode publicar fotografias tiradas em qualquer lugar. Por outro lado, o número de páginas aumenta, auxiliado pela melhoria das máquinas.
Um terceiro progresso é a extensão do mercado das notícias; é o período em que a informação se