Id, ego e superego
Professor: Marcos Pereira Coelho
De acordo com a visão Psicanalítica de Freud, a mente é dividida em três instâncias: Id, Ego e Superego. Ao nascermos trazemos somente uma dessas instâncias, o Id. Essa é a primeira instância que recebe a pulsão, capta a energia pulsional – totalmente livre - e possui representações mentais de prazer-desprazer. A princípio o Id é um grande reservatório de libido. Ele é governado pelo princípio de prazer-desprazer e pelos processos primários puros. É completamente inconsciente e não possui memória. Não entra em contato com o mundo externo e consequentemente com a realidade, recebendo apenas representantes pulsionais internos, do próprio corpo. É uma instância que não possui conhecimento de nada, não apresenta vontade unificada e possui somente libido e agressividade. Serve como uma proteção para o interno. O ego é formado, em grande parte, a partir de identificações que tomam lugar de processos de investimento abandonados pelo id, ou seja, surge como uma diferenciação do id. No âmbito de suas relações com as outras duas instâncias do sistema, o ego assume o papel de mediador e integrador dos impulsos instintivos do id e as exigências do superego, para adaptá-los à realidade externa. Entra em contato direto com a realidade externa e através de suas funções tem capacidade de atuar sobre esta numa tentativa de adaptação. Por isso, estão sob o domínio do ego as percepções sensoriais, os controles e habilidades para atuar sobre o ambiente, a capacidade de lembrar, comparar e pensar. Assim, ele representa o que pode ser chamado de razão ou senso comum. O ego é regido pelo princípio da realidade, ou seja, a necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego, ele renuncia à satisfação imediata, em ordem a ter em conta a situação real, garantido assim, um contato com