Ia nos jogos eletrônicos
A década de 30 é marco divisor de águas na História brasileira. De um lado, o declínio de uma classe social constituída até o momento por uma elite agrária rural, os Senhores do Café. De um outro a ascenção da burguesia industrial e o crescimento do proletariado urbano. Em meio a este contexto, o Estado, que tenta se firmar e definir sua atuação dentro desta sociedade. É o momento em que o proletariado urbano inicia sua luta de reivindicações, juntamente com os trabalhadores rurais. Constituem-se no seio desta sociedade, organismos de questionamento e defesa destes trabalhadores.
A força de atuação dos trabalhadores, seja no meio urbano ou rural, começa a ser vista como uma fonte séria de ameaças a consolidação do Estado Novo de Getúlio Vargas. De um lado a contestação social que começa a se evidenciar aos finais da década de 20, estimulada pela rápida propagação dos ideais comunistas, socialistas e anárquicos no Brasil. De um outro o organismo do Estado que enxerga nestes movimentos, o “que” de contestação de sua postura e trabalho social.
Esta tensão é o tema que norteia este trabalho. O embate entre Estado junto a burguesia industrial versus proletariado, se trava em vários meios: Seja nas legislações Trabalhistas que visavam fornecer ao Estado o quase total controle sobre a autonomia dos sindicatos e declinar o movimento proletariado, seja no projeto burguês de “modernização” o proletariado e controle sobre o mesmo, ou seja na resistência dos trabalhadores. E é sobre esta resistência que o trabalho vem diretamente tratar.
Como se dava o embate entre a resistência e a reivindicação contra os aparelhos burgueses e do Estado? Para o movimento proletariado, quer ele fosse comunista ou socialista ou anarquista, o importante seria um maior número de adeptos (o que pode se constatar nos prontuários do DEOPS que trazem propaganda classificada como subversiva) para que o mesmo adquirisse expressão e força. Não implica