Hístória
Teve seu casamento arranjado, em 8 de maio de 1785 (com apenas dez anos de idade), com o Infante português D. João Maria de Bragança (futuro Dom João VI), àquela altura Senhor do Infantado e duque de Beja, sendo o segundo filho de D. Maria I, Rainha de Portugal (que mais tarde enlouqueceria).
Em 1788, com a morte do herdeiro da Coroa portuguesa, o primogénito D. José, príncipe da Beira, D. João tornou-se o príncipe herdeiro. Por loucura de sua mãe, este tornou-se regente de Portugal de facto em 1792, e de jure em 1798, e, por conseguinte, Carlota tornou-se princesa-regente consorte de Portugal.
Esta virada dos acontecimentos conveio perfeitamente ao caráter ambicioso e até violento de Carlota. Desde cedo procurou intrometer-se nos assuntos de Estado, procurando influenciar as decisões do marido, muitas das vezes não se lhes submetendo; começou a desprezá-lo, recorrendo até à chantagem, à intriga e à pressão conjugal sempre que não conseguia os seus intentos. A situação proporcionou à casa real uma verdadeira situação de anomia, que eventualmente acabou por chegar aos ouvidos do povo.
Foi durante a estada no Rio de Janeiro, entre os anos de 1808 e 1821, quando D. João VI pôde realmente governar pessoalmente o Império Português, que Carlota Joaquina demonstrou muitas das facetas de sua personalidade.
É fato sabido que ela tinha um fetichismo confesso em relação aos sapatos:
"Assim como alguns contam carneirinhos para dormir, há quem diga que Carlota contava sapatos. Carneirinhos aparentemente são iguais, sapatos existem tantos quantos propõe o imaginário. Haja tempo para dormir! Carlota tinha,