Humano Demasiado Humano
Fichamento do livro “Humano, demasiado humano”, de Friedrich Nietzsche, apresentado para complementação de carga horária, sob orientação do professor Marco Antonio Facione Berbel, no quarto período do curso de Psicologia da Faculdade União de Campo Mourão – UNICAMPO.
Friedrich Nietzsche, Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres, tradução de Paulo César de Souza. Editora Companhia das Letras, 2005.
Tema do Fichamento – Filosofia e Ciência
Capítulo Primeiro
DAS COISAS PRIMEIRAS E ÚLTIMAS
p.15
“[...] O mais novo dos métodos dos filosóficos, constatou, em certos casos (e provavelmente chegará ao mesmo resultado em quase todos eles), que não há opostos [...]”.
“[...] a rigor não existe ação altruísta nem contemplação totalmente desinteressada; ambas são apenas sublimações, em que o elemento básico parece ter se volatilizado e somente se revela à observação mais aguda. – Tudo o que necessitamos, e que somente agora nos pode ser dado, graças ao nível atual de cada ciência, é uma química das representações e sentimentos morais, religiosos e estéticos, assim como todas as emoções que experimentamos nas grandes e pequenas relações da cultura e sociedade, e mesmo na solidão [...]”.
Em seu primeiro capítulo, aforismo 1. Química dos conceitos e sentimentos, Nietzsche aponta que os problemas filosóficos não podem ser formulados tal como eram antigamente, a partir da teoria de Heráclito, que dizia que a união entre os opostos geram uma unidade e desta unidade vão ser gerado os opostos. A verdade é que, não existe esta relação entre os opostos, todos os conceitos e representações existentes na humanidade surgem de um mesmo princípio. Os sentimentos, por exemplo, segundo Nietzsche, não são opostos um dos outros, eles são apenas sentimentos de intensidades diferentes, enquanto um é mais leve o outro é mais