Uma visão de humano, demasiado humano
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - IFCH
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA ESTÉTICA I
Professora: Rosa Dias
Aluna: Celia Mara - 2012 – 01
HUMANO, DEMASIADO HUMANO
UM LIVRO PARA ESPÍRITOS LIVRES DE FRIEDRICH NIETZSCHE
Capítulo quarto – DA ALMA DOS ARTISTAS E ESCRITORES.
Vamos versar sobre a mudança da visão de Nietzsche, no âmbito da arte, tentando retirar dela o caráter metafísico que até então sempre lhe foi aplicada. Discorrendo comentários sobre as questões que ele levanta neste livro, vamos verificar que Nietzsche fará uma ciência da arte, o que parece dar-lhe um formato mais humano, retirando por completo a divindade do artista e sua arte.
Nietzsche se ocupa da história, querendo derrubar os ídolos. A estética fica em segundo plano e ele começa a estudar o método de investigação crítica da ciência. Abandona as ideias metafísicas da estética (Dionísio e Apolo), que ele defendia em seu livro “O Nascimento da Tragédia”. Utiliza as metáforas da tocha e do congelamento. Rompe com seu mestre Schopenhauer, pois discorda que a vida prescinde de um consolo metafísico e ainda diz que Schopenhauer introduziu um grande misticismo com esse conceito de conhecimento intuitivo do gênio, que seria um ser puro, que teria acesso a essência do mundo, sem passar pelo cansaço e rigor de um trabalho.
Com a tocha ele desce ao submundo do ideal humano, no intuito de revelar a natureza demasiadamente humana e declarar guerra contra ela. Uma guerra contra um ideal, silenciosa, que é devastada pelo gelo que congela todos os ideais humanos, para depois destruí-los, derrubá-los de seus pedestais. Uma guerra contra o gênio, o santo e o herói.
Em sua investigação filosófico-histórica, ele estuda a gênese da idéia de gênio. Por não acreditar em verdades absolutas, talentos inatos, ele em sua análise acaba descobrindo que há uma conivência inconsciente entre o artista e o público para se criar esse ideal, com o propósito