Humano, demasiado humano
É um livro para espíritos livres em que o autor analisa os modismos de sua época procurando estabelecer uma ligação entre o passado bárbaro da humanidade e o estado em que se encontra o pensamento filosófico, científico e religioso do século XIX, procurando hipóteses de um progresso da humanidade pós-moderna.
Nesta obra o autor desenvolve seu pensamento filosófico abordando temas como metafísica, moral, religião, arte, literatura, amor, política e relações sociais de modo claro e sereno, refletindo sobre as coisas primeiras e derradeiras, analisando a história dos sentimentos morais que atravessaram os séculos da história humana, criticando e recriminando a vida religiosa do homem, descrevendo os sentimentos e a vivência dos artistas e dos escritores, examinando o homem e suas atitudes e pensamentos em sociedade, e descrevendo a história e a função do Estado.
Repleto de aforismos Humano, demasiado Humanoconta com escrito em nove capítulos (638 subcapítulos) mais prefácio e poslúdio (Entre Amigos); segundo Ciro Mioranza “é um livro de história, sem ser história; é um livro de filosofia, sem ser preferencialmente filosofia; é um livro de vida, vida espiritual, vida intelectual, vida racional, vida presente, vida humana”.
Nietzsche era um grande pensador que vivia em conflito consigo mesmo e com a sociedade, e sem dúvidaHumano, demasiado Humano é uma obra que merece uma leitura atenciosa e grande reflexão.
Abaixo se tem um trecho extraído de Humano, demasiado Humano (Capítulo II – Para a história dos sentimentos morais; artigo 89 – Vaidade):
“Nós nos importamos com a boa qualidade dos homens, em primeiro lugar porque ela nos é útil, em seguida porque queremos dar-lhes alegria (os filhos aos