Corrupção policial
A mídia tem nos mostrado, com certa freqüência, a extensa relação de denúncias sobre a corrupção e os crimes policiais que tem chocado o Brasil nos últimos tempos. Em muitos Estados, inclusive aqueles de maiores influência nacional, as verbas que deveriam ser destinadas à manutenção dos serviços públicos, são desviadas e transformadas em propina e comissões. Os noticiários deixam claro que a desordem do país começa justamente por aqueles que deveriam manter a ordem.
Essa triste realidade pode ser claramente observada nos dois filmes de “Tropa de Elite”, que abordam como tema geral, a violência no Estado do Rio de Janeiro; mas evidenciam os estragos causados por uma polícia mafiosa, que se beneficia em cima da fraqueza dos mais pobres.
O filme foi lançado em 2007 e, segundo uma pesquisa do Ibope, visto por mais de 11 milhões de pessoas ilegalmente, antes mesmo de sair nos cinemas. O choque causado pelo longa-metragem foi principalmente cultural, no qual pudemos observar muitas pessoas utilizando frases de efeito do filme em seu cotidiano.
Além disso, é possível perceber que alguns dos pilares que sustentam a sociedade (investimento governamental + segurança pública), encontram-se fortemente desestruturados. Vários são os motivos que levaram a esse caos em que vivemos atualmente, que vão desde baixa remuneração e investimento no treinamento adequado para esses profissionais, até abuso de poder e envolvimento político.
Nessa engrenagem de corrupção, vemos que existem pessoas à margem da lei, sejam elas de pequeno ou grande porte, que cometem desde infrações cotidianas até crimes hediondos. Porém, poucos são aqueles com a consciência de que um policial corrompido, acaba por interferir no curso correto na vida daqueles que buscam a paz. Solta, ao invés de prender. Omite-se, ao invés de reprimir. Associa-se ao crime, ao invés de fiscalizá-lo. E com isso, obtemos uma sociedade cada vez mais