Humanização em saúde
A humanização é um tema extremamente abordado em toda graduação, e pouco a pouco o olhar do acadêmico procura um paradigma daquilo que acredita que possa ser a realidade cotidiana dentro das instituições. Aos poucos, o que se apresenta não corresponde com o padrão criado, em detrimento a uma variedade de barreiras e limitações criadas pelos mais variados motivos.
Ao ingressarmos na faculdade, tivemos a oportunidade de assistir uma palestra ministrada pela enfermeira Doutora Maria Julia Paes da Silva, na qual foi apresentada a face mais altruísta de nós mesmos, o que nos acalentou o desejo e a perspectiva de pugnar por uma assistência de enfermagem mais humanizada.
A subjetividade de cada um em vivenciar de forma híbrida um momento onde a humanização não ditou regras, levou ao interesse comum das autoras em elaborar um projeto, onde a estrela é de fato o atendimento humanizado. Porém cada uma em uma óptica particular desenvolveu um sentimento inerente a sua história, que conduziu à construção deste trabalho.
1. Interesse pelo Tema
O interesse ficou ainda mais enfático pela experiência vivida por uma das autoras, ao acompanhar um ente querido durante um tratamento em âmbito hospitalar. A falta de humanização da maioria dos profissionais de enfermagem ingressados naquela unidade era evidente até mesmo na necessidade de um copo de água, uma fralda para trocar ou uma palavra de conforto. Os profissionais dessa unidade demonstravam–se sempre indisponíveis. Foi deprimente ver como pacientes em fase terminal, porém desacompanhados, ficavam isolados, sem qualquer pessoa para confortar ou amenizar sua dor. O desfecho desta experiência foi o mais triste possível porque se perdeu para sempre a companhia de alguém que se amava e que, no final de sua existência, teve ainda como missão, provar como o sentimento é diferente quando o atingido somos nós. Perguntamo-nos por que a humanização ainda é discutida, posto que deveria