Humanização na saúde
Ainda não se chegou a um consenso sobre o termo humanização na assistência hospitalar. Várias são as definições encontradas nas doutrinas e em programas criados pelo Ministério da Saúde.
Alguns conceitos encontrados na literatura são:
Humanização é o ato de humanizar, ou seja, dar estado ou condição de homem, no sentido de ser humano (Grande Enciclopédia Larousse Cultural, 1998).
Segundo o Ministério da Saúde, em sua Política Nacional de Humanização Hospitalar (2003), criada com a finalidade de dar suporte ao atendimento do SUS, humanização é a valorização de todos os sujeitos de produção da saúde (usuários, trabalhadores e gestores), sendo que os valores que norteiam esta política são a autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a co-responsabilidade entre eles, o estabelecimento de vínculos solidários e a participação coletiva no processo de gestão.
Para Ribeiro (apud FORTES, 2004), o humanismo está relacionado a uma ética baseada na condição humana e nos ideais partilhados pelos homens, assim como a um conjunto de valores que fundamentam a compreensão dos empreendimentos científicos e tecnológicos. Pode ser expresso pelo caráter e qualidade da atenção, levando em conta interesses, desejos e necessidades dos atores sociais implicados nesta área.
Fortes (2004, p. 2) humanizar refere-se à possibilidade de uma transformação cultural da gestão e das práticas desenvolvidas na instituição de saúde, assumindo uma postura ética de respeito ao outro, de acolhimento do desconhecido, do respeito ao usuário entendido como um cidadão e não apenas como um consumidor de serviços de saúde.
Diversos são os conceitos sobre humanização, no entanto, as principais ideias são sempre as mesmas, quais sejam, necessidade de oferta de atendimento de qualidade, articulação dos avanços tecnológicos com acolhimento, melhoria nas condições de trabalho do profissional e ampliação do processo de comunicação.
Porém, atualmente, como muito bem aponta