Homem dos lobos
NEUROSE INFANTIL
(“O HOMEM DOS LOBOS”)
“... De repente a janela se abre sozinha, e vejo, com grande pavor, que na grande nogueira diante da janela estão sentados alguns lobos brancos...”
PANORAMA DO AMBIENTE E DA
HISTÓRIA CLÍNICA
Entende-se que o relato veio do próprio paciente, e Freud apenas os transcreveu, fazendo algumas observações.
O pai era depressivo, e a mãe, como aparece no texto, tinha um “estado doentio”.
A irmã mais velha tem uma personalidade mais masculina, o que a torna em algum momento preferida do pai, e incomoda o menino.
Tem um apreço pela babá, “Nânia”. Da qual toma partido quando a governanta inglesa a ofende.
Os pais do menino atribuem a mudança de comportamento dele, por causa das atitudes da governanta.
Ele percebe (e provavelmente relata) algumas fobias da infância; animais que ao mesmo tempo o apavoravam, ele tinha vontade ou já havia ‘torturado’.
A irmã o amedronta com um livro de imagens, que possuía a foto de um lobo que o paciente temia que ia devorá-lo.
Freud nota um reconhecimento, por parte do paciente, de uma neurose obsessiva, voltado para hábitos religiosos. E depois para com mendigos, aleijados e velhos.
Tinha uma relação harmoniosa com o pai quando criança, mas este começou a demonstrar um lado doentio de caráter, por causa dos ataques de depressão.
“Por volta dos 8 anos desaparecem todas as manifestações que o paciente atribui à fase da vida que teve início com o seu mau comportamento. Não desapareceram de repente – retornaram algumas vezes, terminando por ceder, acredita o doente, à influência dos professores e educadores que tomaram lugar das mulheres que dele cuidavam.
Freud termina o capítulo com algumas questões que seriam uma espécie de roteiro para realizar a análise do paciente.
A SEDUÇÃO E SUAS
CONSEQUÊNCIAS IMEDIATAS
Sua irmã o induziu a práticas sexuais durante o tempo em que os