o homem dos lobos
O HOMEM DOS LOBOS: A LEITURA DE MAHONY
1. Apresentar e explicitar o que a leitura de Mahony se diferencia da análise que Freud fez do Homem do Lobos, no que concerne a alguns episódios importantes do tratamento e da vida desse paciente.
O autor Patrick J. Mahony procurou fazer uma nova interpretação do caso Homem dos Lobos, um famoso paciente de Sigmund Freud. Optou por explorar o impacto da personaliadade de Freud na descrição deste caso clássico (MAHONY, 1992, p. 13).
Mahony (1992) faz muitas indagações a respeito da forma como Freud conduziu suas sessões com Serge. O autor nos convida a ter uma atenção crítica ao momento em que Freud recorre à imposição de uma data súbita para o término do tratamento e à promessa de uma cura completa da disfunção intestinal deste pasciente. Ele afirma que o psicanalista teria se desviado da técnica psicanalítica básica, que exige que a interpretação seja o instrumento exclusivo, por sentir que ela seria naquele momento insuficiente. O autor acredita que a delimitação de uma data para o término de seus encontros não levava à auto-eliminação antes do fim do tratamento e diz mais:
Possivelmente, o término compulsório contribuiu para a transferência residual do pasciente, pelo qual, o gesto esmagador de Freud gratificou o erotismo anal de seu pasciente e reativou seus medos de morte, ansiedade de separação, esforços masoquistas e angústia de castração. (MAHONY, 1992, p. 57)
A respeito da promessa de cura da disfunção intestinal de Serge, Mahony (1992) diz ter fracassado: Por outro lado, a onipotente promessa da cura intestinal não foi possível, já que o efeito da transferência não foi desfeito pela interpretação, reavivando, consequentemente, a doença de Serge, quando o onipotente curandeiro caiu gravemente doente. (MAHONY, 1992, p. 57)
Mahony e Freud se divergem também sobre o desejo residual e o desejo de dormir. Para Freud, o desejo residual a sequeuencia é “o desejo de satisfação sexual pelo