Homem Cordial
Antes de começar a destrinchar a análise feita por Sérgio Buarque sobre o povo Brasileiro, precisa-se saber antes quem é o Sérgio Buarque e qual sua linha de pensamento que consequentemente servirá como prisma para sua análise crítica.
Sérgio é um dos intelectuais definitivos do Brasil no Século XX, Jornalista, e teve como grande influência Marx Weber, que dizia que o Estado é burocrático, racional, legal e impessoal, ou seja, um Estado em que a Lei predomina, e é baseado na Meritocracia. Influenciado por Weber, Sérgio Buarque usa então os elementos de sua teoria para analisar a sociedade brasileira.
Quem é o homem Cordial? É o homem dominado pelo coração, pelo impulso e emoção. É hospitaleiro, afável, doce. Porém, também é repleto de interesse por meio dessa proximidade física que ele vive. Procura a proximidade dos contrários, que é marca da cordialidade, tão presente na sociedade Brasileira. E é através do homem cordial, que muito expande suas relações que só deveriam estar presentes no âmbito familiar, tornando próximo o que deveria ser profissional, que a sociedade brasileira se encontra mergulhada em relações pessoais, e acaba vendo o Estado como uma extensão de seu círculo familiar.
Sérgio diz que uma sociedade moderna é aquela livre de relações pessoais, é uma sociedade impessoal. A família patriarcal se fazia de Estado, e, uma coisa é família, outra, totalmente oposta é o Estado, não havendo comunhão entre os dois. Nós temos dificuldade para distinguir os interesses públicos do privado, sendo esses dois polos distintos. Encontramos os cargos públicos ocupados pelos interesses pessoais, diferentemente da meritocracia que é característica do Estado Moderno.
A modernidade, a