Hobbes e Freud: da gênese e desenvolvimento da sociedade
O filósofo inglês Thomas Hobbes (1588 – 1679) teve grande influência na história da filosofia principalmente no que diz respeito à filosofia política, com a proposta do pacto social. Além dele outro insigne autor da filosofia, Sigmund Freud (1856 – 1939), que através de sua teoria do inconsciente, revoluciona a história do pensamento que via o homem como sendo puramente razão. Será, portanto, com base nestes dois autores que realizaremos este trabalho.
Gostaria de utilizar das palavras de Freud que justificam, em parte, este dispêndio de trabalho. Segundo ele:
Nenhum outro trabalho me deu a sensação, como este, de expor algo conhecido, de gastar papel e tinta e fazer trabalhar o tipógrafo, para falar de coisas evidentes. De modo que, se parecer que o reconhecimento de um instinto de agressão especial, autônomo, significa uma mudança na teoria psicanalítica dos instintos, de bom grado me proponho a discutir isso (FREUD, 2010a, p.83).
O homem, vivendo no estado civil, prova limitações à sua liberdade e a privação de satisfação de algumas de suas mais intensas pulsões, a saber, a de agressividade e a sexual. Assim sendo, o objetivo desta pesquisa é de identificar quais os motivos que levam os homens a se submeterem às supracitadas restrições. Para alcançar tal objetivo, buscamos, no primeiro capítulo, fazer uma breve apresentação dos autores Hobbes e Freud, buscando elucidar seu contexto histórico, importante para a compreensão da construção de seu pensamento, e a apresentação de alguns conceitos por eles utilizados em suas obras na formação de seus sistemas filosóficos. Para tanto nos propusemos, na primeira seção deste capítulo, apresentar o contexto histórico de Thomas Hobbes. Este autor começou a desenvolver sua filosofia, particularmente no De Cive, no início da Guerra Civil na Inglaterra, e no Leviatã, seu mais importante trabalho, que surge no ano de 1651, durante o chamado período da