Modernidade
O ESTERTOR DA MODERNIDADE
Antonio Amaro Pereira
Usando como base o livro de Alain Touraine, um sociólogo francês que transita tão bem na Sociologia quanto na História e na Filosofia, buscamos fazer uma crítica à modernidade.
Procuramos colocar os pensamentos filosóficos que permearam a Idade Média até os nossos dias.
A Modernidade, que veio para retirar o homem da escuridão acabou por isolá-lo, colocando-o numa solidão pelas deformações de seus objetivos. O homem que vivia nas trevas acabou ofuscado pelo excesso de luz.
A Modernidade, com sua razão instrumental, acabou substituindo a idéia de Deus pela
Ciência, o que parecia apenas um pragmatismo, acabou transformando-se em uma nova metafísica. Hoje se tem a impressão que essa seja capaz de resolver todos os problemas e se apregoa sua onipotência aos quatros cantos.
Durante o processo de instauração da Modernidade, que Touraine chama de Modernidade
Clássica, o indivíduo se confundia com o Estado, isto foi levado ao extremo de tal maneira que veio a provocar uma nostalgia do Ser. O homem perdeu a sua identidade, acabando por se imiscuir tanto às questões sociais que esqueceu seu eu. Esse fato acarretou todo um problema ao homem, que por incutir as culpas que acabaram de forma inexorável, se instalando no individuo, vai perder-se.
Platão diz que a alma é da ordem do divino e ela só se sente em casa quando é autoreflexiva, quando está a contemplar as idéias: quando embotada pelos sentidos, que é o suprasumo do mundano, acaba por vagar bêbada, perdida, desnorteada, tateando os arremedos de idéia do que é feito o mundo. Parece que esta foi a situação que ficou o homem com o advento da
Modernidade. As coisas mundanas passaram a ter valor maior, o consumo passou a ser referenciado como forma de status social e a vida passou a valer pelos bens materiais adquiridos ou desejados, passando o indivíduo a ser mera peça da engrenagem, apenas um número. Periódico de