Modernidade
INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS E TRADUÇÃO – LET
DANIEL DE SOUZA FERREIRA – 120157110
Os Estudos da Tradução na Pós-Modernidade, o Reconhecimento da Diferença e a Perda da Inocência
Os estudos em tradução na pós-modernidade mostraram as mudanças sofridas dentro deste campo intelectual. Tais mudanças podem ser encaradas como uma revolução, já que o tradutor se rebelou contra a aceitação de seu apagamento em prol do original e tomou consciência da responsabilidade que aceita ao traduzir qualquer que seja a obra.
A era moderna se caracterizou pela libertação do controle religioso, no qual a humanidade sentia que precisava dum desenvolvimento sócio-cultural pleno, sem a dominação por superstições e crenças tradicionalistas. Mas a audácia dos europeus de se autodenominarem modernos os remetia ao controle pré-moderno, que dominava sobre todos os assuntos, entretanto na modernidade esse papel foi ocupado pela ciência.
Daí surgiu muitas vertentes da ciência e suas devidas teorizações. Passado algum tempo, surgiram grupos com um pensamento diferente, denominado pós-modernos, e com isso, muitas teorias foram contestadas e, consequentemente, novas vertentes foram criadas. Uma delas foi o campo da tradução que foi aceito como ciência.
Um dos principais problemas a respeito da tradução a ser contestado foi a fidelidade ao original e o apagamento do tradutor por meio da adaptação: o tradutor acreditava que sendo fiel ao original não interferiria ou produziria significados novos em sua tradução. Na reforma pós-modernista o original foi dessacralizado e as relações entre teoria e prática tradutórias começaram a ser reavaliados. A diferença que era vista negativamente e reprimida por isso passa a ser o campo da criação do tradutor, perdendo grande parte de sua carga negativa.
Através do apagamento que o tradutor acreditava exercer, ele também não possuía uma responsabilidade autoral, já que a tradução era fiel ao