Graduação
Diogo Henrique de Sena Reinert A pretensão do texto é fazer uma releitura histórico-conceitual da constituição do “sujeito” ao longo da modernidade relevando os fatos e pensamentos decisórios de maior importância e impacto nessa constituição. Para tanto, o autor se vale, em suma, de quatro grandes momentos na história do homem, a saber:
(...) a Reforma e o Protestantismo, que libertaram a consciência individual das instituições religiosas da Igreja e a expuseram diretamente aos olhos de Deus; o Humanismo Renascentista, que colocou o Homem no centro do universo; as revoluções científicas, que conferiram ao Homem a faculdade e as capacidades para inquirir, investigar e decifrar os mistérios da Natureza; e o Iluminismo, centrado na margem do Homem racional, científico, libertado do dogma e da intolerância, e diante do qual se estendia a totalidade da história humana, para ser compreendida e dominada. (HALL, 1999, P. 26).
Parece-nos que o sujeito moderno é filho de um paradoxo conceitual, nasce em meio a uma cisão e no bojo da “dúvida e do ceticismo” (HALL, 1999, P 26), na medida em que essa cisão é o momento exato em que o homem no final da Idade Média rompe com a divindade e faz um retorno ao antigo, concebendo o homem da Renascença.
É nesse momento que temos Descartes retomando o debate ontológico, por excelência eleático, da dualidade do ser, debate tradicional que perpassa toda a história da filosofia, e que ele o reconceituará como “substância espacial” e “substância pensante”. Anterior à Descartes, teremos Bruno com austera profusão de pensamento, onde retomará e recolocará o debate cosmológico em pauta. Em um mundo onde a concepção de cosmos é atravessado pela dualidade do transcendente e do imanente, a