Trabalho De Desenvolvimento Infantil
O conceito de desenvolvimento humano é algo muito novo. Nunca houve diferenciação entre “criança”, “adolescente” e “adulto”, sendo todos tratados e cobrados da mesma forma, principalmente na Idade Média. Nesta época, as crianças não possuíam diferenças em relação aos adultos, vivendo misturadas a eles, trajando as mesmas roupas, tendo os mesmos trabalhos e sendo ensinadas os mesmos ofícios de seus pais, fazendo com que sua educação e seus valores fossem totalmente voltados para o meio em que viviam. No entanto, vale-se notar que elas não possuíam direitos sobre o próprio corpo, no sentido de que, principalmente em classes mais favorecidas, seus casamentos já eram decididos desde muito cedo pelos pais.
Com o passar dos séculos essa noção começou a mudar; as taxas de mortalidade começaram a diminuir, e vários outros fenômenos impactaram a forma na qual a criança passou a ser vista. No século XIX, com o surgimento do maltanismo, a criança começou a sofrer um processo de apoteose; virou o centro da família, e tornou-se comum aos pais o desejo de viver em função dos filhos, procurando proporcionar-lhes uma vida melhor que a deles. Na contemporaneidade, a apoteose consolidou-se de tal maneira que a criança passou a ser o centro de toda uma sociedade; marcas de tênis, shampoos, brinquedos, roupas, carros e desenhos, comida e refrigerantes, desenhos e instituições voltadas unicamente para suprir as supostas necessidades da criança moderna.
Analisando historicamente o papel da criança, é possível chegar à conclusão de que ela possuiu vários papéis ao longo dos séculos, indo de um ser indiferenciavel do adulto até ser o centro da sociedade, em que todos os seus desejos devem ser satisfeitos e que a família deve viver em prol dela.
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Para Locke, a criança aprende de maneira relativamente previsível e passiva, dando grande Ênfase para o objeto, ou seja, que todas as ideias estavam fora do indivíduo, e que a capacidade de entendimento como inata e variável de pessoa