Trabalho Sobre Desenvolvimento Infantil
Observamos “S”, uma menina de 5 anos durante uma aula de balé com outras alunas de 5 a 7 anos.
De acordo com Freud, S estaria na fase fálica pela sua idade, e não conseguimos perceber tantos traços dessa fase quanto em outras crianças. Por exemplo, algumas meninas da aula faziam movimentos e até mesmo caretas de frente para o espelho e se olhavam constantemente, o que Freud dizia ser comum dessa fase, pois a criança estaria formando a sua imagem corporal, mas S não era assim, ela apresentava muito mais traços da fase de latência.
Sobre a fase de latência, S não parecia ter aquela característica narcisista típica da fálica, pelo contrário, ela era a mais sociável do seu grupo e vivia puxando assunto com alguma colega ou apenas abraçando. Ela se destacava entre as outras nas atividades, dava para perceber o quanto ela gostava de estar ali dançando (mais do que as outras), o que seria outro traço da fase de latência, a libido sendo investida em atividade física.
Sobre o seu desenvolvimento cognitivo, segundo Wallon pela idade de S ela deveria estar no estágio do oposicionismo e de fato ela mostrava traços como o uso da primeira pessoa em sua fala e o fato da linguagem ainda ser muito associada a gestos, ela sempre articulava bastante as mãos ao falar, principalmente com a professora. Essa característica dela de ser tão sociável também faz parte desse estágio, pois é onde ocorre a construção de si, que é através das interações sociais, isso faz a criança despertar muito interesse pelas pessoas ao seu redor. S também apresentava alguns traços do estágio do pensamento categorial, como o avanço no simbolismo. Pudemos ver isso claramente na atividade em que as crianças tinham que ouvir a música e contar o ritmo, ela não teve nenhuma dificuldade em separar as partes da canção, tinha um raciocínio bem mais rápido que as colegas. S estava sempre adiantada nos exercícios em comparação com as outras alunas.
Depois da aula conversamos