filosofia
A verdade é que todos os homens procuram ser felizes, mas por isso mesmo se tornou a felicidade uma temática capciosa e particularmente complexa.
Seu significado é densamente variante conforme os diferentes períodos históricos estudados também se percebem que os meios para se alcançá-la mudaram muito.
Basta repararmos no retrato da felicidade observando a prática de sorrir para fotografias e imagens pictóricas. E, nesse sentido, o enigmático sorriso da Mona Lisa[1] de Leonardo Da Vinci[2] representou um marco revolucionário. O que contrasta profundamente com os largos sorrisos flagrados pelas lentes da atualidade.
Mas questionamentos nos instigam: será o homem contemporâneo é realmente tão feliz quanto parece nos comerciais, programas de televisão e nas fotografias? E, afinal de contas em que consista a felicidade?
Tais perguntas e ainda outras continuam a ser feitas mesmo após dois mil e quinhentos anos de intensos debates e reflexões filosóficas, que construíram apenas um enorme dissenso pacífico sobre o tema.
Nas páginas iniciais da obra de Heródoto “A história” que é a obra mais antiga da história do ocidente há relato sobre Croesus, rei da Lydia que durante diálogo com o sábio Sólon demonstrou a central preocupação com a felicidade (eudaimonia).
Croesus afirmava ser feliz por não lhe faltar nenhuma posse (bens materiais). Sólon[3] argumentava, por sua vez, que só era possível atribuir o adjetivo “feliz” após a análise de toda a vida de uma pessoa, ou em outras palavras, após a morte.
Um defendia uma felicidade medida em momentos e por meio de avaliação objetiva, enquanto o outro na avaliação total da vida e por meio da demonstração