filosofia

Filosofia um saber Independente ou uma “superciência”?

Por C.H. REIS¹
Resumo:
Com este artigo, pretende-se refletir sobre as várias concepções existentes de filosofia. Neste sentido, desmitificando concepções equivocadas, desde aquelas que afirmam ser a filosofia uma simples “ginástica do pensamento” até as que consideram a filosofia como um saber desnecessário, por lidar com “coisas distantes da realidade”. Sem pretensão alguma de elaborar uma explicação dogmática, indubitável, antes se pretende discutir esta problemática numa perspectiva reflexiva e aberta a diferentes posições, de possíveis leitores.
Palavras-chave:conceito, independência, filosofia.
Introdução:
Comumente costuma-se afirmar que a filosofia possui data e local de nascimento: Fim do século VIII a.C. Na Grécia. É bem verdade que ela começou com os gregos, mas não na Grécia. Os primeiros filósofos gregos dos quais temos conhecimento viveram nas colônias gregas, em Mileto na Ásia Menor. Consta de documentos que Tales, seja o primeiro dos filósofos milésios. Tales certa vez passeava à noite olhando para as estrelas, com o intuito de estudar seus movimentos e regularidades. Com os olhos fixos no céu, ele não percebeu que caminhava em direção a um poço. Depois de tropeçar e cair dentro dele, uma jovem trácia que testemunhara o fato observou em tom sarcástico: "tão preocupado com os assuntos celestes que acabou esquecendo-se da terra que o sustenta"². Esta lenda reforça ainda mais a visão que o sensocomum e até mesmo intelectuaistemem relação à filosofia e aos que se dedicam ao seu estudo: “Filosofo é aquele que vive no mundo da lua” ou “aquele que fórmula indagações insolúveis”.
Nessa perspectiva observa-se que a filosofia busca o entendimento do todo de forma racional, liberta das explicações míticas. Sendo a gênese da filosofia a dúvida, o questionamento, objetivando assim entender a realidade externa que nos cerca. No desenvolvimento da filosofia ocidental podemos observar a veracidade