Como de fato se vive a liberdade religiosa em Israel
A liberdade religiosa e de consciência é algo garantido em Israel, pelo menos a principio. Cristãos têm direito de construir igrejas, dirigir escolas e outras instituições (PAPA FRANCISCO NA TERRA SANTA, 2014). Também é possível ver muçulmanos praticando sua fé em praças públicas1 com liberdade aparente. A distribuição religiosa no Estado de Israel se representa da seguinte forma: a grande maioria – 75% da população – é judia, 17% muçulmanos, 2% cristão, 2% drusos e 4% praticam outras religiões (14 MINIONU COE, 2013), como se pode observar no gráfico abaixo:
Fonte: 14minionucoe.wordpress.com
A liberdade religiosa e de consciência é citada na declaração de sua independência garantindo igualdade de direitos individuais a todas as etnias e religiosos do país, porém o Estado de Israel não possui constituição própria em que garanta tais liberdades às minorias religiosas. O país possui um conjunto de leis conhecidas como básicas as quais não mencionam em nenhum aspecto a proibição ou liberdade religiosa. Estas leis servem para reafirmar o status de Estado Judeu e a proteção da dignidade e privacidade de seus cidadãos (14MINIONUCOE, 2013). Existem algumas contradições no aspecto igualdade civil no que tange religião no Estado de Israel. Judeus ortodoxos e ultraortodoxos são beneficiados pelo governo, que cede subsídios para a criação de escolas, muitas vezes liberam-nos do serviço militar, entre outros tipos de proteções (14MINIONUCOE, 2013). Embora o Estado não interfira ou prive os direitos religiosos das minorias do país, existem diversas denúncias de perseguição religiosa praticada por cidadãos e autoridades judaicas sobre cristãos e palestinos. Em novembro de 2013, um juiz de imigração israelense ordenou a deportação de Barry Barnett, um judeu messiânico que participava de um evento de evangelismo. O evento era organizado pela missão Judeus por Jesus na cidade de Be’er Shiva, sul de Israel,