A história da escrita
SERVIÇO SOCIAL
CAMPUS BARÃO
LINGUAGEM ALTERADA
Docente: Rosangela
Disciplina: Pesquisa Social I
Discentes: Crystiane Macedo,
Jucylene Dias, Edna, Rita,
Joseane Egler, Katiane Faria e Neide.
A palavra da possuída.
A palavra da possuida propõe uma questão dupla: de uma lado a possibilidade de aceder ao discurso do outro, o historiador e por outro lado, a alteração da linguagematravés de uma "possessão".
Reflexões seguem os estudos sobre La Possession de Loudun, exemplo padrão ,caso particularmente célebre na série de possessões que, progressivamente,substituiu as grandes epidemias de feitiçaria, por volta de 1610-1630. Freud manifestou um interesse muito grande pela feitiçaria. Ele próprio dizia em sua correspondência enviada para Wilheim Fliess, que havia, entre a relação do inquisidor ( do exorcista) e da possuída ( ou do feiticeiro), alguma coisa de análogo à relação entre o analista e seu cliente.
Mas no diabólico e no seu desenvolvimento, no decorrer de um século, é necessário distinguir duas formas sucessivas: a primeira forma é a feitiçaria, fenômeno rural; à irrupção maciça dos feiticeiros nos campos se opõe à repressão dos juízes urbanos freguentimente impiedosos. Aí se tem uma estrutura dual: por um lado, os juízes e, por outro, os feiticeiros; por outro lado a cidade por outro o campo. A segunda forma, são as possessões que aparecem no final do século XVI. É o caso de microgrupos, nos conventos de religiosas. Círculos pequenos se constituem como ilhas ou, para retomae uma representação que organiza o século XVII religioso, em refúgios, em reduções, no campo, ocorrendo em meios homogêneos ou idênticos aos dos juízes. Diferentimente da feitiçaria, onde existe disparidade social entre o juiz e o feiticeiro, no caso da possesão existe homogenidade social entre o juiz ou o exocista e por outro lado o(a) possuído(a). De binária a estrutura se torna ternária, e o terceiro termo é privilegiada nesta história.
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