História
Os homens do Renascimento tinham clara consciência de que viviam em uma época distinta da Idade Média — tanto que foram os primeiros a dividir os tempos históricos emAntigüidade (definida pela cultura greco-romana), Medievo (marcado, segundo eles, por uma cultura de origem predominantemente bárbara) e Modernidade (caracterizada como uma época de progresso cultural, graças à redescoberta da civilização clássica). Os renascentistas menosprezavam a cultura da Idade Média, considerando-a absolutamente inferior à da Antigüidade.
Atualmente, fazem-se sérias reservas à opinião dos renascentistas, pois o que afirmaram ser radicalmente novo era uma continuação da cultura que vinha se desenvolvendo desde os fins da Baixa Idade Média. E seria um claro exagero concordar com sua afirmação de que a Idade Média não passou de uma Idade das Trevas ou da Longa Noite de Mil Anos.
A propósito, deve-se notar que a preocupação em ver a História com um juízo valorativo permanece em muitos historiadores contemporâneos, os quais esquecem que nada é inteiramente novo e que as manifestações humanas precisam ser analisadas dentro da realidade de sua época.
Os elementos mais importantes do Renascimento eram: a valorização da cultura greco-romana, como paradigma no plano intelectual e artístico; a glorificação do homem, o qual foi colocado no centro de tudo (antropocentrismo); a busca de um padrão intelectual que transcendesse as fronteiras nacionais (universalismo); a importância da Natureza e de seus fenômenos; o racionalismo e o espírito crítico, que se traduziram na adoção da observação e de métodos experimentais. O racionalismo é um marco histórico característico do Renascimento, embora não seja exclusivo dele.
O Renascimento Comercial.
O Renascimento Comercial está diretamente ligado à expansão européia contra o Islão. As Cruzadas consolidaram a reabertura do Mediterrâneo, restabelecendo as ligações comerciais entre o Ocidente e o