Hitler e as artes
(In «Política», n.º 28, págs. 6/7, 01.03.1971)
Arno Breker é um dos maiores escultores do nosso tempo. Atacado, minimizado, silenciado por toda a côrte de invejosos e epígonos, pelos detractores do Fascismo e do Nacional-Socialismo, pela coligação dos vencedores democráticos e dos vários esquerdismos, Arno Breker, o amigo e companheiro de Maillol, Despiau, Rudier, Cocteau, Derain, Vlaminck, Pascin, Cortot, Guitry, etc., o autor de obras imortais, permanece uma das grandes figuras das Artes Plásticas contemporâneas e um homem corajoso, verdadeiro, leal. Recentemente, deu uma entrevista à revista «Découvertes», da qual extraímos hoje alguns trechos onde se desmascaram calúnias, dentre as muitas que buscam soterrar os vencidos.
Arno Breker defende a sua independência artística, ao mesmo tempo que sublinha o respeito hitleriano pela Arte e pelos artistas:
— «Dizem-me sempre: “Você trabalhou para o partido nazi, sob consignas, proibições…” É estúpido! Hitler tinha um enorme respeito por mim e não queria nunca atrever-se a dar-me qualquer directiva para o meu trabalho. Ele nunca punha a questão de saber se a arte deste ou daquele correspondia ou não às suas próprias concepções; a qualidade, a qualidade apenas, é que contava. De resto, era um homem perfeitamente dotado, um temperamento artista, um excelente desenhista. Em tempo normal, haveria feito provavelmente carreira como artista e não, como se chegou a dizer, como pintor… de construção!
— Certos críticos do pós-guerra pretendem que a arte de Arno Breker era uma arte de encomenda, e o seu trabalho um trabalho de funcionário…
— É absolutamente ridículo! Hitler era menos ditador, a meu respeito, do que um pároco que pede a um artista para executar uma Nossa Senhora para a sua igreja.
— Dizem frequentemente que a época nacional-socialista foi para a Alemanha um período de obscuridade total sob o ponto de vista artístico e literário, o reino da barbárie.