História regional
As relações comerciais de Campos dos Goytacazes com o Rio de Janeiro, utilizando caminhos e o porto de São João da Barra, datam do século XVII. Essa construção teórica, critica e bibliográfica é a primeira parte do Projeto Rotas comerciais de Campos dos Goytacazes – as Províncias do Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais[2] que culminará no lançamento de um texto sobre o tema ainda pouco explorado pela Historiografia local. A região, em situação privilegiada geograficamente[3], foi de extrema relevância para o desenvolvimento incipiente do comércio no Brasil. Parte das regiões Sudeste e Nordeste do País recebiam os produtos da agricultura e pecuária de Campos dos Goytacazes e, na volta das embarcações para o porto da Vila de São João da Praia, enviavam suas produções. Atividade mantenedora e econômica. Era o período das trocas comerciais, sociais e, sem dúvida, culturais. É sabido que a História de Campos dos Goytacazes nasce no mesmo século da chegada exploradora dos portugueses ao Brasil. De inicio, as terras não entusiasmaram os conquistadores, pois o envolvimento com as Índias era de extrema rentabilidade. Todavia, o lugar já possuía um nome: Cabo de São Thomé; recebido quando das duas primeiras expedições costeiras feitas nos primeiros anos de domínio, um nome, apenas. O crescente contato dos franceses com os indígenas na costa brasileira e a exploração excessiva do pau-brasil abriu os olhos portugueses que, em 1529, seguindo ordens de D. João III, se deslocam para o Brasil com o intuito de ali iniciar a fundação de Vilas. Martim Afonso de Souza, designado para a função, funda a Vila de São Vicente, hoje pertencente ao Estado de São Paulo. Nessa empreitada está Pero de Góis que, por sua participação no processo, recebe de presente da Coroa a Capitania de São Thomé, em 10 de Março de 1534. O lugar,