História memória e patrimônio
1º Ano – História
13/03/2009
2 - A evolução do conceito de patrimônio histórico e cultural
O conceito popularmente conhecido de patrimônio histórico e cultural é o de bens e como vivemos em uma sociedade capitalista, esses bens em sua maioria são materiais. O que é fato é que para ser elencado como patrimônio cultural o bem deve ser considerado uma referência para a sociedade em que está inserido e reconhecido como tal pela comunidade. Getúlio Vargas, presidente do Brasil implementou uma idéia de nacionalismo que culminou na criação da primeira legislação brasileira a respeito de patrimônio histórico e cultural que foi o Decreto lei 25 de 30 de novembro de 1930. Esse Decreto trazia um conceito de patrimônio cultural considerado restrito, uma vez que privilegiava os bens materiais, sobretudo o acervo arquitetônico e urbanístico. Durante muito tempo a história foi contada pelo olhar dos heróis e a ostentação e valorização eram destinadas aos que tinham dinheiro, era a história feita pelos moradores dos casarões, das casas-grandes em detrimento dos operários e trabalhadores braçais. Porém o Movimento dos Annales gerou uma insatisfação que fez com que de uma forma geral os antes excluídos fossem visto de forma diferente, percebidos e valorizados como também fazedores da história. Como reflexo desse movimento um novo conceito de patrimônio histórico e cultural é criado com o advento da Constituição Federal de 1988. Houve uma ampliação do conceito. Começamos a perceber que toda cidade é histórica e é isso que forma a identidade do seu povo. Não devemos privilegiar o bem que possui formas exuberantes e considerado por isso excepcional, mas também aquele que identifica um período ou estilo. Fonte histórica não é só formada por documentos oficiais e a história não deve estar focada em um estilo ou um período, mas sim em uma diversidade. O bem para ser considerado patrimônio cultural deve ser uma referência para sua