Patrimônio cultural: preservação da história e memória
O Patrimônio cultural: noções teórico-conceituais
Refletir acerca da noção de patrimônio cultural é questionar a importância desse referencial para a cultura à qual está ligado. Aloísio Magalhães já atentara sobre “quais seriam os indicadores básicos de uma personalidade, de um perfil, de uma fisionomia que pudesse significar a cultura brasileira.” (1985. p 39). Para esse autor, os bens culturais ou o que chama de “acervo do nosso processo criativo”, que tem a ver com a cultura e a reflexão, em seu sentido mais vasto, como costumes, hábitos, maneiras de viver e agir, podem ser identificados como valor permanente de uma nação ou sociedade.
O patrimônio cultural tem como definição os modos de criar, formas de expressão e criações de cunho científico, artísticos e tecnológicos, como obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artísticas, culturais, dentre outros. Impregnado de valores simbólicos coletivos e individuais este expressa o registro de manifestações significativas presentes nas relações sociais. É necessário que tenhamos em mente que a noção de patrimônio não se resume a um conjunto estático de objetos. Na verdade, o termo não se constitui fora de uma rede simbólica. Há de se atribuir a ele o reconhecimento de sua contribuição para a compreensão de costumes, hábitos e formação da identidade de um povo. Ao discorrer sobre patrimônio cultural aponta-se para uma questão de grande amplitude que inclui a cultura e a herança coletiva. Para uma definição mais formal de Patrimônio Histórico e Cultural, baseados em Lemos (1987), podemos considerar uma nova concepção a esse respeito. Esse autor analisa o patrimônio em dimensões de naturezas distintas, são elas: cultural e natural. A primeira compreende os bens materiais e imateriais. Os bens a que chamamos imateriais ou intangíveis são as ideias, costumes, crenças, tradição oral, danças