História econômica de angola
Durante muito tempo se apregoou uma história de renegados, pobres, primitivos, incivilizados, para os povos do continente africano. Que os levou a uma leitura europotizada por uma superioridade étnica, enfatizada no século XIX, como podemos verificar na obra de Ana Mónica Lopes e Luiz Arnaut numa conceituação de Hegel. Tendo como conseqüência a subjugação. [1]
É muito comum colocarmos em nosso pensamento que na África é tudo igual. Durante muito tempo a civilização africana ficou reduzida a idéia que tal civilização era primitiva e atrasada. Em pleno século XXI, pouco se conhece do continente africano.
A primeira noção que nos vem à mente quando pensamos em África, é a de um continente numa porção de terra delimitada por oceanos e mares; ligado ao oriente no istmo do Sinai.
Não há dúvida, o continente assim descrito é facilmente identificável. Se detalharmos mais, poderemos falar de algumas de suas características físicas. Descendo os olhos no sentido norte-sul, teríamos o Mar Mediterrâneo, a cadeia do Atlas, o deserto do Saara, a floresta tropical com os seus rios, os desertos da Namíbia e do Kalahari, finalizando com o Cabo da Boa Esperança.
Por mais que esta descrição pareça corresponder ao continente, ela é incompleta. Faltam inúmeras referências como: os imensos rios, os picos, as cidades, etc., que não se completariam, por lhe faltarem as pessoas.
Durante todo esse tempo o que se tentou foi, de interpretar, e abordar a história da África pelo continente como um todo, o que decorreu num grande erro. Neutralizando a sua história, colocando os seus habitantes nas seções de história natural dos museus, juntamente com os leões, elefantes, zebras, etc.
Outro elemento que evidenciamos neste ensaio é a referência do estereótipo da cor da epiderme que é dada à África, inclusive em livros, de ser “o continente negro”. Aparentemente, este nome vai