Angola e cuba
Inicialmente previa-se apenas uma ajuda militar por parte de Cuba. Mas esta viria a transformar-se paralelamente numa longa cooperação entre os dois países, que se estendeu por décadas e a vários domínios, mesmo após a retirada dos soldados cubanos. Embora as relações tenham sofrido um atenuamento entre 1991 e 2002. Após esse período, reganharam alguma força, mas não voltaram a ter a importância que tiveram no passado.
Portanto, a cooperação Angola-Cuba é considerada um caso único nas relações transatlânticas entre a África e a América Latina. Para ter uma ideia, entre 1975 e 1991, 380 mil soldados cubanos estiveram em Angola e aproximadamente 50 mil civis (entre eles, 10 mil professores). Os militares cubanos deixaram o país a 25 de Maio de 91, mas uma cooperação transversal a toda a sociedade angolana deixou boas memórias no imaginário colectivo de Angola.
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O primeiro convénio de cooperação remonta a Fevereiro de 1976 e versou o sector da saúde, no que envolveu, até ao momento, a passagem pelo país de 10 mil médicos, enfermeiros e outros técnicos do ramo. Na actualidade, 130 profissionais de saúde prestam serviço nas províncias de Luanda e Cabinda.
As relações político-diplomáticas entre Angola e Cuba mantêm a mesma vitalidade desde que foram estabelecidas, a 15 de Novembro de 1976, assegurou hoje, em Luanda, a embaixadora cubana acreditada no país, Noem¡ Benitez e de Mendoza. Em declarações à Angop, a diplomata explicou que ambos países têm tomado posições comuns em relação aos principais problemas apresentados nos diversos fóruns mundiais, como nas Nações Unidas e que versam, particularmente, os interesses dos países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento.
Destacou a existência de uma adequada e amistosa troca de informações entre os respectivos Estados, sobretudo quando um dos protagonistas carece de apoio do outro para fazer vincar a sua posição a nível internacional. A este propósito, Benitez y de Mendoza