História do Teatro Universal - Primeira Avaliação escrita - REG 3

História do Teatro Universal
Primeira avaliação escrita
Rayza Noia Carneiro – REG III B

Qual a importância da estética do realismo histórico do “Meiningers” para o desenvolvimento da encenação moderna do Ocidente?

A companhia do Duque de Meiningen, cujo diretor era Chronegk era um grupo artístico brilhante de uma disciplina impecável que, a partir do poder de sua encenação, conseguiu evocar o estilo dos grandes poetas. Diziam que a companhia não continha atores talentosos, mas que isso não era percebido por conta do trabalho do diretor. Como a interpretação do ator é o essencial para um espetáculo e, nesse caso, deixava a desejar, cabia ao diretor tomar a responsabilidade de toda a mise-en-scene sozinho. Tal situação se vê, as vezes, refletida na encenação moderna ocidental. Onde por falta de atores, na ânsia de montar grandes espetáculos, os diretores recorrem à invenção para por em evidência grandes sentimentos. Além disso, a companhia dos Meiningers marca a efetivação do profissional responsável pela organização cênica com o objetivo de se contar uma história. As características essenciais da companhia também são heranças valiosas. Como a fidelidade histórica e textual da cenografia, dos figurinos e dos adereços, da busca do realismo ilusionista, do movimento dos grandes grupos, dos critérios de composição, do direcionamento da atenção do espectador, do recurso à luz, do papel da música e dos efeitos sonoros, e da transgressão efetuada por algumas de suas montagens. Também podemos falar do respeito ao texto por parte dos Meininger a partir do ponto de vista puramente cênico, na medida em que o Duque compreendia a direção como a principal ferramenta para apreender e transmitir o sentido do texto dramático, ou, servindo-nos das palavras que Stanislavski utilizaria para descrever o trabalho dos Meininger, “revelar a essência espiritual da obra”. E, por fim, uma grande influência da companhia foi a preocupação de fazer com que o espectador