História do conceito de saúde
A primeira concepção de doença deu-se a partir da ideia “mágico-religiosa” atribuindo-se causas as doenças como a ação de forças alheias ao organismo que neste se introduziam por causa do pecado ou de maldição. Por exemplo: para os antigos hebreus, as doenças representavam um sinal da ira divina diante dos pecados humanos, já em outras culturas o xamã, feiticeiro tribal, era quem se encarregava de expulsar, mediante rituais, os maus espíritos que se tinham apoderado da pessoa, causando doença. Para os índios Sarrumá, que vivem na região da fronteira entre o Brasil e Venezuela, o conceito de morte, no geral, era resultado da maldição de um inimigo. Assim deram-se as primeiras ideias sobre as doenças.
Com a medicina grega, atribuiu-se além dos procedimentos ritualísticos, culto aos deuses vinculados à saúde, o uso de plantas e métodos naturais para as crenças de cura. As primeiras formas de prevenção das doenças não foram realizadas de forma consciente. Manifestaram-se pelos preceitos religiosos do judaísmo com a finalidade de acentuar as diferenças entre hebreus e outros povos do Oriente Médio.
Toda essa visão “mágico-religiosa” antecipou a entrada para a história do primeiro homem a pensar com uma visão epidemiológica à medicina: Hipócrates de Cós (460-377 a.C. ). Hipócrates postulou a existência de quatro fluidos (humores) principais no corpo: bile amarela, bile negra, fleuma e sangue. Desta forma, a