HISTÓRIA DO CONCEITO DE SAÚDE
O conceito de saúde e doença não são os mesmos para todas as pessoas e isso ocorre porque são reflexo da cultura, valores, época, lugar e valores do conjunto social em si. Desde muito cedo com a humanidade se empenhando em conceituar o que vem a ser saúde e doença, ficaram bem mais claras as divergências uma vez que cada grupo fazia isso expressando sua crença. Os religiosos viam a doença como castigo divino diante do pecado, outras culturas tinham-na como atuação de maus espíritos ou ainda em outras se acreditava que tudo poderia ser curado sem rituais, mas sim com o uso de métodos naturais e plantas. Mudando esse contexto, surge uma figura importante: Hipócrates (460-377 a.C), que é considerado o pai da medicina. Pouco se sabe sobre ele, entretanto, seu papel foi fundamental, pois trazia em seus escritos uma visão racional da medicina ao dizer que toda doença teria uma causa natural, e sendo o corpo um conjunto organizado, a doença seria a desorganização deste. Suas observações não se prendiam apenas ao paciente, mas também a seu ambiente, pois acreditava que esses fatores estariam ligados a doença. Galeno (129-199) por sua vez, revisando essa teoria ainda acrescentou que a doença estaria dentro do próprio ser humano em sua constituição física ou ainda, nos hábitos e estilo de vida que resultariam no desequilíbrio causando a doença. Para Paracelsus (1493-1541), os agentes externos eram os causadores da doença e afirmava que, como os processos que ocorrem no corpo humano são químicos, os remédios para o tratamento deveriam ser também químicos. No século XVII com o surgimento da anatomia, a doença que, como acreditava Hipócrates, localizava-se nos fluídos que equilibravam o ser humano, passou a se localizar nos órgãos. Isso não trouxe muito progresso, mas no século XIX, com a revolução pasteuriana e fazendo uso do microscópio descoberto no século XVII, pode-se perceber a existência de microrganismos causadores de doenças. Soros e vacinas passaram a ser