História das religiões
O conceito “religião” origina-se da palavra latina religio, cujo sentido original indicava simplesmente um conjunto de regras, observâncias, advertências e interdições sem fazer referencia a divindades, mitos, celebrações ou a qualquer outra manifestação que consideramos hoje como religiosas. O termo “religião” foi construído histórica e culturalmente dentro do mundo ocidental, adquirido um sentido estreitamente ligado à tradição cristã.
Como forma explicativa para os estudiosos dos fenômenos religiosos, religião pode ser definida, para efeitos de organização e análise, como conjunto de crenças dentro do universo histórico e culturais específicos. Para estudar os fenômenos religiosos, o historiador deve sempre estar atento ao uso e sentido dos termos que em determinada situação, para que o discurso do mesmo não gere determinados preconceitos sobre as diversas religiões. Apesar de sua extrema variedade, os fenômenos religiosos aparecem como um tipo característico de esforço criador em diferentes sociedades e condições que procurando colocar ao alcance da ação e compreensão humanas tudo que é incontrolável, sem sentido, conferindo valor e significado para a existência das coisas e seres.
As representações de deus, deuses ou seres sobrenaturais, a organização da fé, doutrinas ou instituições, mundos do além, salvação, são fenômenos históricos, criações especificas de impulsos e silêncios, numa trama de acontecimentos e fatos singulares que variam grandemente tanto o tempo como o espaço.
Costuma-se chamar de religiões, de fenômenos religiosos, sistemas extremamente complexos, ideias, conceitos, e é indispensável marcar diferenças. Reencarnação é diferente de ressurreição; há sistemas religiosos associados a livros sagrados que não possuem tradição escrita; algumas religiões possuem a marca de seus fundadores (por exemplo, Buda, cristo ou Maomé), enquanto outras são animistas e naturalistas; instituições religiosas com templos, clero,