A multideterminação humana
Concepção de Homem
Para muitos pensadores o “Homem” constitui o ponto central de toda reflexão filosófica. Ele pode ser visto sob diferentes ângulos: histórico, político, religioso, filosófico, artístico, psicológico, econômico, biológico e social.
Bleger (1987),sistematiza pelo menos três mitos filosóficos, que influenciaram as ciências humanas em geral e a psicologia em particular, e que apresenta a ideia de que o homem nasce pronto:
- O mito do Homem natural: concebe o Homem como possuidor de uma essência original, que o caracteriza como bom, possuindo qualidades que, por influência da organização social, se manifestariam, ou modificariam, isto é, o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe.
- O mito do Homem isolado: supõe que o Homem como originário, é primitivamente, um ser isolado, não social, que desenvolve gradualmente a necessidade de relacionar-se com os outros indivíduos, o chamado “instinto gregário”. Sem este instinto, o homem não conseguiria relacionar-se com seus semelhantes, e seria impossível a formação da sociedade.
O mito do Homem abstrato: nessa concepção, o homem surge como Ser, cujas características independem das situações de vida. O Ser está isolado das situações históricas e presentes em que transcorre sua vida. O Homem é estudado como “o homem em geral, e seus atributos ou propriedades passam a ser apresentados como universais, independentes do momento histórico, do tipo de sociedade em que se insere e das relações em que vive”.
O que é o homem?
É esta a primeira e principal pergunta da Filosofia. Surgiu da necessidade de saber as respostas sobre o que refletimos e vemos, o que somos e o que podemos nos tornar a ser, se realmente e dentro de que limites somos “artífices de nós próprios”, da nossa vida, do nosso destino.
Surge então a questão: Quem é o Homem? Segundo Maranhão (1987), existem definições que focalizam os diferentes prismas:
De biologia –