Multideterminação Humana
Você já se perguntou sobre o que faz com que uma pessoa se torne humana?
Será que o fato de participar da espécie humana e trazer consigo uma configuração genética herdada de seus ancestrais, é suficiente para que alguém se torne humano?
Ou será que é a participação deste ser em um grupo de pessoas, o qual faz parte de uma determinada sociedade, que garante a sua “humanização”?
Sem pretender o posicionamento em um destes extremos (genética – sociedade), e tão somente considerando que este humano é produto da interação destes dois fatores determinantes, é possível ir mais além, propondo uma concepção de Homem enquanto ser bio-psico-social, ou melhor, determinado por uma instância biológica, uma psicológica e uma social.
Como instância biológica, podemos entender a estrutura biológica (corpo), determinada pelo conjunto de genes herdados de nossos ancestrais. Tal conjunto de genes carrega as características da espécie, da raça, assim como marcas peculiares de cada grupo familiar, resultando num ser único. Ainda que existam tais fatores determinantes, estes somente se manifestam sob condições ambientais (físicas e sociais) e psicológicas. Assim, trazer geneticamente consigo determinadas características não é o suficiente para que as mesmas se manifestem na realidade.
Quando nasce, o ser vai pertencer a um meio social, e no decorrer de sua vida, vai ampliando esta capacidade de pertencimento, fazendo parte de vários e diferenciados grupos. Neste grupos, ocorrerão as relações interpessoais, e através destas esta pessoa vai tendo a possibilidade de entrar em contato com a cultura e apreender seu significado.
Por fim, a instância psicológica fará uma espécie de “ponte” entre a biológica e a social, trazendo a verdadeira singularidade para cada ser. A instância psicológica diz respeito à vida mental dos seres humanos, e compreende vários fatores como inteligência, percepção, memória, emoções, personalidade, etc. A instância