História da Política Exterior do Brasil

História da Política Exterior do Brasil – Amado Luiz Cervo e Clodoaldo Bueno.
Rio Branco e política externa brasileira: a relação Brasil e Estados Unidos
Linhas de sua política externa: busca de uma supremacia compartilhada na área sul-americana; restauração do prestígio internacional do país; intangibilidade de sua soberania; defesa da agroexportação; solução de problemas lindeiros. MRE teve nesse período autonomia de ação graças ao Rio Branco.
EUA: umas das primeiras nações não europeias a se erigir como potência mundial no início do século XX.
Aproximação: atendia interesses das oligarquias dominantes no sistema político brasileiro (exportador de produtos tropicais, periferia do sistema capitalista). EUA era grande mercado consumidor.
Argentina tinha estreitas relações com a Grã-Bretanha e repelia aproximação norte-americana.
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Doutrina Monroe: Rio Branco tinha noção dos EUA no concerto internacional e via a Doutrina como elemento de defesa territorial do continente em face de agressões europeias (violências e conquistas). Ela assegurava a liberdade para o desenvolvimento de cada nação americana, resguardando da cobiça e conquista europeia.
Concebida como proteção, foi transformada em justificativa para sancionar intervenções em países latino-americanos (américa latina como subsistema internacional de poder liderado pelos EUA). 6 de dezembro de 1904: Corolário Roosevelt redefiniu a Doutrina que agora conciliava monroismo com intervencionismo. EUA agora, também, garantia que as nações latinas sob sua supervisão garantiriam a ordem pública e seus compromissos em dia (EUA dirigindo os povos menos competentes).
Rio Branco não questionou e nem desaprovou os termos de Roosevelt. O ministro brasileiro falava a linguagem do presidente norte-americano. Essa posição tinha respaldo de grande parte da opinião nacional.
Rio Branco não alimentou um idealismo ingênuo quanto à natureza do pan-americanismo e receava agressividade europeia desde esteve na