História da Música: Estilo Galante
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Estilo Galante Os estilos que surgiram no final do período Barroco promoveram os primórdios do Classicismo. “Rococó” é um dos termos usados para designar o primeiro período da música clássica, porém também nomeia a arquitetura Francesa que se utilizava de arabescos a fim de suavizar as formas retilíneas do período pós-renascentista. É preferível evitar essa terminologia, devido ao seu significado impreciso. “Galant” já era um termo que caracterizava o estilo palaciano na literatura francesa, sendo explorado nos títulos de obras e invocando uma elegância, modernismo, fluência. Outro termo associado a música do período era “Empfindsamkeit” , significando sentimentalismo ou sensibilidade, mais associado aos andamentos lentos e recitativos obbligato. Os escritos de C.P.E Bach, Marpug e Kirnberger distinguem o estilo erudito do estilo “Galant” que surgia no início do século XVIII. O contraponto complexo e severo do primeiro período se opõe a forma linear e livre do posterior, que enfatizava a melodia utilizando-se de motivos breves com muitas repetições, com o ligeiro acompanhamento de uma harmonia simples que se interrompe em cadências frequentes e permite livremente os acordes de sétima diminuta. Nas obras de compositores como Pergolesi, Hasse, e até mesmo nas árias de Leonardo da Vinci evidências do estilo Galant são encontradas. Novas concepções de melodia e harmonia surgem concomitantes com o novo estilo do século XVIII: enquanto a técnica de J.S. Bach reflete um andamento extremamente coeso, sem contrastes pronunciados, ou nos concertos de Vivaldi um esquema formal de contrastes entre as secções solísticas e os tutti temáticos, e em ambos os casos, certa irregularidade na estrutura das frases que impedem o ouvinte de determinar com nitidez frases antecedentes e consequentes, o estilo Galante acaba por abandonar a ideia de um afeto fundamental, e introduz vários contrastes ao longo de um andamento ou de um tema, permitindo também com que as melodias