História da Educação no Brasil
Primórdios da Didática: período de 1549/1930
Período Jesuítico (1548 - 1759)
Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1548, juntamente com o primeiro governador geral, Tomé de Souza. Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira. No Brasil, os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever.
De Salvador a obra jesuítica estendeu·se para o sul e em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar e três colégios. Todas as escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o *Ratio Studiorum (espécie de coletânea privada, fundamentada em experiências vivenciadas no colégio romano e adicionada a observações pedagógicas de diversos outros colégios, que busca instruir rapidamente todo o jesuíta docente sobre a natureza, a extensão e as obrigações do seu cargo. Seu ideal era a formação do homem universal, humanista e cristão). Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante duzentos e dez anos, até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777.
No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus.
*A pedagogia do Ratio Studiorum baseava-se na unidade de matéria, unidade de método e unidade de professor. Ou seja, a unidade de professor significava que cada turma deveria seguir seus estudos, do começo ao fim, com o mesmo mestre.
Período Pombalino (1759 - 1808)
Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de