História da Educação Física

Capítulo I

“Lá vem com história”

Era uma vez...
Um grande “quebra-cabeça”. As peças estavam todas embaralhadas aleatoriamente em cima de um enorme tabuleiro. Dispor as peças ordenadamente, compondo o quadro, era o objetivo maior a ser alcançado.
A duração do jogo? A vida inteira. Seu significado? A busca da própria compreensão do mundo em que vivemos. O início do jogo simbolizaria nossa visão sincrética do real. A duração do jogo, o tempo, reflexões que conduziriam ao “concreto pensado”.
O poema a seguir nos ajudou a seguir na montagem de outros tantos quebra-cabeças: VER AS COISAS POR FORA
É FÁCIL E VÃO!
POR DENTRO DAS COISAS
É QUE AS COISAS SÃO!
Quantas vezes me surpreendi inquieto, ansioso buscando “Ver as coisas por dentro”! Se não era o poeta Carlos Queirós que me alertava para a veleidade de “Ver as coisas por fora”. Tenho no jogo propriamente dito, um “companheiro” inseparável no trato das questões da Educação Física.
Desenvolvido nos mais de cem cursos superiores existentes no Brasil de hoje o curso de Educação Física, recebendo um tratamento singularmente igual, imposto pelo caráter extremamente limitado do referencial teórico existente sobre a matéria.
A concepção de História da Educação Física, dominante nos seus bancos acadêmicos, foi gerada no início da década de 1940. O Professor Inezil publicou sua obra em 1943 Contribuição para a História da Educação Física no Brasil. Nove anos mais tarde, voltou a discorrer sobre ela em uma série de quatro volumes. (embora na época cinco fossem previstos). Naquele mesmo ano de 1952, foi publicado o segundo volume, sendo que o terceiro e o quarto foram anos subsequentes.
Primeiramente, apresenta-nos Sidney Hook, dizendo em uma parte do trecho que “...Os nossos descendentes compreenderão melhor o nosso século do que nós porque serão capazes de ver as consequências de acontecimentos que ignoramos atualmente...”
Se a História nunca está definitivamente acabada, se está subordinada a constantes interpretações, daí